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Principais obras de Machado de Assis (continuação)

Quincas Borba (1891)

O personagem que dá nome ao romance é o mesmo que aparece em Memórias Póstumas de Brás Cubas. Ao mesmo tempo em que se encontrava miserável no Rio de Janeiro, o filósofo era dono de uma imensa riqueza.

No romance Quincas Borba, Rubião, um humilde professor do interior de Minas Gerais e enfermeiro de Quincas Borba, recebe a herança do tresloucado criador da filosofia chamada Humanitismo, com a condição de que cuidasse do cachorro do filósofo, também chamado Quincas Borba.


Capa da primeira edição de Quincas Borba, publicada em 1891

A mudança na vida de Rubião passou então a chamar a atenção da sociedade, que começou a visitá-lo, aproveitando-se da sua ingenuidade. Ao viajar para o Rio de Janeiro, Rubião conheceu um casal, Cristiano e Sofia, que, ao se verem frente a um provinciano ingênuo, armaram um plano para se aproveitar da fortuna de Rubião. Sofia se insinuou a Rubião, mas quando este declarou seu amor, ela o recusou. No entanto, o casal não cortou laços com o herdeiro de Quincas Borba por ainda nutrir interesse na sua herança. Por fim, em função do amor não correspondido por Sofia, Rubião acabou enlouquecendo.

A trajetória de ascensão e derrocada de Rubião comprovam a tese do Humanitismo. Rubião não sabia como lidar contra aqueles que se esforçaram ao máximo para tirar-lhe “as batatas”, isto é, a riqueza que herdara do criador da filosofia do Humanitismo. Rubião morre louco pensando ser Napoleão III. Até nisso Rubião demonstrava sua mediocridade face à sociedade de sua época.

Como referenciar: "Quincas Borba - Machado de Assis" em Só Literatura. Virtuous Tecnologia da Informação, 2007-2024. Consultado em 20/04/2024 às 09:47. Disponível na Internet em http://www.soliteratura.com.br/realismo/realismo07.php